Setembro amarelo e a literatura
Setembro é o mês em
que é realizada a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Essa
campanha, conhecida como “Setembro Amarelo” foi criada no
Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de
Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Essa é uma
campanha de extrema
importância, uma vez que o
suicídio é um problema grave de saúde pública e que, muitas vezes, pode ser
evitado.
A literatura tende a
expressar o sentimento de uma pessoa é um
instrumento de comunicação e de interação social, ela cumpre o papel de
transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. Portanto, não
é de se espantar que existam obras que abordem em sua narrativa o suicídio.
Seguem algumas.
Os treze porquês
Ao voltar da escola,
Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome.
Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá
conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga
paixão, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que
existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses
motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu
para esse trágico acontecimento.
Por
lugares incríveis
Violet Markey tinha
uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela
e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se
culpada pelo que aconteceu, a garota se afasta de todos e tenta descobrir como
seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos
valentões e chamado de “aberração” por onde passa. Para piorar, é obrigado a
lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da
família. Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir
embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio
e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas,
ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet,
também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável
se une para fazer um trabalho de geografia: conhecer lugares incríveis do
estado onde moram. Ao lado de Finch, Violet para de contar os dias e finalmente
passa a vivê-los. O garoto, por sua vez, encontra alguém com quem pode ser ele
mesmo, e torce para que consiga se manter desperto.
Cartas
de amor aos mortos
Prestes a começar o
ensino médio, Laurel decide mudar de escola para não ter que encarar as pessoas
comentando sobre a morte de sua irmã mais velha, May. A rotina no novo colégio
não está fácil, e, para completar, a professora de inglês passa uma tarefa nada
usual: escrever uma carta para alguém que já morreu. Laurel começa a escrever
em seu caderno várias mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse,
Elizabeth Bishop… sem nunca as entregar à professora. Nessas cartas, ela analisa
a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que
envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sua própria vida, como as amizades
no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas
Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre
o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e
perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era -
encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um - é que poderá seguir
em frente e descobrir seu próprio caminho.
É o suicídio dizina não somente a vida, mas, também, por consequência necessária, a vida de suas famílias.
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